A credibilidade é que faz um pastor. Não é a sua eloquência, nem a sua simpatia, nem sua influência social, mas o seu caráter marcado pela verdade. É o caráter de um pastor que define o seu ministério. Um ministério limpo, cheio de graça e de verdade, um ministério sem nebulosidades.

Um pastor sem caráter invariavelmente produzirá um ministério falso, permeado de mentiras, marcado pela arrogância, vaidade, traições, roubos (não só financeiros, mas de tempo e de vidas) e neuroses pessoais pretensamente anunciadas como revelações de Deus. Não adianta ter um ministério aclamado pelos homens, mas reprovado por Deus. No final, o que conta mesmo é a vida diante do Senhor.

O caráter, sem dúvida alguma, revela o coração.

Por essa razão, o pastor precisa ter um coração limpo, pois um coração limpo é o que está por trás de um testemunho pessoal aprovado. Davi escreve: “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar?” E sua resposta é: “O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente” (Salmo 24.3-4). Por isso, o pastor deve conservar o “mistério da fé com a consciência limpa” (I Tm. 3.9).

Manter um bom testemunho por ter um coração limpo não necessariamente fará do pastor um sucesso entre os homens. Pelo menos enquanto este pastor estiver vivo. Depois de morto é outra história. Não obstante, é o bom testemunho que fará desse líder um vitorioso diante do seu Senhor, pois Deus sabe que o bom testemunho agrega as ovelhas, enobrece o reino de Deus, honra o nome do Salvador, não escandaliza os mais fracos na fé.

Jesus, no sermão do Monte, entre outras bem-aventuranças, declarou que são “bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mt. 5.8). Sim, o Senhor se importa muito com um coração limpo. Um coração limpo é o que gente de caráter tem dentro do peito, e é isso que produz sua credibilidade. Cada pastor, portanto, deve avaliar diariamente como está o seu coração, pois ele é a chave de um ministério bem sucedido. Bem sucedido não apenas diante dos homens, mas, sobretudo, diante de Deus.

“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração,  de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força”

Marcos 12.30